Rander Ariel.
Estudiantes e Cruzeiro.

Primeira partida final da Libertadores.

O torneio mais importante das Américas.

Há um clube brasileiro, tradicional na decisão da competição.

De acordo com pesquisa Datafolha/Ibope é a sétima maior torcida brasileira.

São cerca de oito milhões de brasileiros espalhados pelo País torcendo pelo Cruzeiro.

Inclusive fora de Minas Gerais.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo.

Só que as maiores cidades do País ficarão sem a transmissão direta pela tevê aberta da decisão.

Por uma questão de marketing, interesse financeiro, a TV Globo mostrará hoje Corinthians e Fluminense.

A partida não decide nada.

Mas mostrará a entrega de faixas de campeão da Copa do Brasil para os corintianos.

Pelo acordo entre as emissoras, a Bandeirantes também mostrará o mesmo jogo.

A detentora dos direitos de transmissão de todos os campeonatos mais importantes da América é a Globo.

Ela mostra o que quiser.

O que o departamento comercial indicar.

E a tevê Bandeirantes retransmite apenas a partida que a Globo indicar.

Não há livre escolha.

Foi por causa dessa amarra que houve a briga e rompimento entre Globo e Record.

A Record não concordou em sempre mostrar as mesmas partidas que a emissora carioca.

A Bandeirantes não compra a mesma briga porque sabe que só tem a perder.

E aceita mostrar sempre a mesma partida da Globo.

Hoje, os paulistas e cariocas verão, no máximo, os principais lances da partida na Argentina em rápidos flashes.

O dinheiro, a publicidade é o que conta para as tevês do mundo todo.

Mas é triste acompanhar o mesmo filme.

O descaso com as equipes brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo.

De vez em quando, só de vez em quando, a velha paixão pelo futebol deveria valer mais do que dinheiro.

Hoje seria um dia ideal para este 'sacrifício'.

Seria.

Mas não vai acontecer.

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