Rander Ariel.
Será que existe a fórmula do amor eterno?

Nos últimos anos, os avanços da genética e do mapeamento cerebral estão ajudando a explicar por que certas paixões duram e outras não. Segundo recentes pesquisas, o segredo da paixão eterna é "a ativação de um circuito na área tegmentar ventral, uma região do mesencéfalo, no meio da cabeça". Cumé???

Isso não soa nada romântico, não é? É o seguinte: a tal área tegmentar ventral é acionada quando algo nos dá prazer. Por exemplo, aquele chocolate... Cientistas dos Estados Unidos detectaram em imagens computadorizadas um pequeno ponto de luz nessa área do cérebro(que indica que ele está funcionando), em pessoas que têm relacionamentos estáveis há pelo menos 20 anos.

ortanto, aqueles casais de longa data não estariam se iludindo ao afirmarem ainda estar apaixonados um pelo outro como apregoam os céticos e os de coração de pedra. Em outra experiência, ao verem fotos dos parceiros, os cérebros dos apaixonados veteranos reagiram da mesma maneira que os dos namorados recentes.

Os pesquisadores ainda não sabem por que certos relacionamentos duram tanto, mas há suspeitas de que esses motivos sejam mais uma questão de "quem" em vez de "o que". Ou seja, é preciso escolher a pessoa certa para que a paixão seja duradora, diz a antropóloga Helen Fisher.



A genética também começou a explicar por que nos sentimos atraídos por determinadas pessoas. Sabia que já está a venda testes genéticos que prometem unir casais que teriam literalmente nascido um para o outro?
Por US$ 1.995,95, a empresa americana ScientificMatch diz encontrar o parceiro mais compatível geneticamente com seus clientes - mas somente dentre os cadastrados na empresa. A tal compatibilidade genética entre duas pessoas é determinada pela análise de genes chamados MHC. Eles controlam como o sistema de defesa do organismo reconhece e combate invasores, como fungos e bactérias.

Aí está o segredo da coisa: quanto mais diferentes forem esses genes entre os parceiros, maior seria a compatibilidade. É a lógica da sobrevivência da espécie: quanto maior a diferença entre os genes MHC dos parceiros, maior a chance de produzir filhos resistentes a doenças. Legal né?



Esse tal de hormônio MHC influenciam o odor e a saliva. Entendeu? sacou?
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óbvio: isso explicaria por que os parceiros mais "compatíveis" conosco (ou seja, aqueles com genes MHC mais diferentes) teriam um beijo bom e um cheiro irresistível, enquanto entre aqueles com perfil genético parecido, como dizem por aí, "a química não rola".

Agora entendi por que o beijo da minha amada é tão gostoso, e o cheiro irresistível...é tudo química!! Somos totalmente "compatíveis geneticamente". Que coisa mais científico-romântico...

Amor e sexo, portanto seriam mesmo coisas diferentes. O sexo está ligado à primeira atração física: mulheres prestariam mais atenção ao rosto dos homens do que ao corpo porque a face mostra sinais de virilidade, como maxilares largos e lábios finos.

No caso dos marmanchos, cintura fina e quadris largo é tiro e queda. Atração fatal!

Mas os cientistas reconhecem que ainda é difícil explicar como as dicas da genética e as características físicas e comportamentais consideradas atraentes se transformam em um sentimento arrebatador.

Já se sabe que o cérebro se comporta de acordo com cada emoção. Inclusive o cérebro gay. O cérebro de mulhes homossexuais apresenta o mesmo padrão de funcionamento de homens heterossexuais. O mesmo vale para mulheres hétero e homens gay.



As transformações químicas causadas pela paixão duram cerca de 2 anos e é como um vício. Por isso apaixonados que perdem o namorado (a) sofrem tanto. É crise de abstinência mesmo, igualzinho a um drogado sem droga.

Isso porém, não quer dizer que a relação que dura mais de 2 anos esteja fadada a acabar. É nesse momento que ela pode se transformar em amor, um sentimento mais pleno e mais calmo do que a paixão.

O amor estaria mais relacionado ao tipo de apego que há entre mãe e filho e aquele em que homem e mulher compartilham circuitos cerebrais semelhantes. Ambos são moderados pelo hormônio oxitocina, o mesmo liberado em grande quantidade quando as mulheres amamentam e que cria um laço tão profundo entre mães e filhos.

Em uma relação homem-mulher, a oxitocina é liberada com o orgasmo. Biologicamente, isso seria necessário para garantir que o casal que procriaram fiquem focados em criar os filhos. Após essa etapa, eles estariam livres (biologicamente, heim!) para se apaixonar, amar e gerar mais descendentes.

Mas é claro que somes seres que agimos por outros caminhos que não são biológicos. Casais que ficam anos e anos juntos, conseguiram compartilhar a vida, os gostos, os interesses comuns. A combinação biológica não é necessariamente o fator preponderante.

A música de Arnaldo Jabor, cantada por Rita Lee, tem lá suas verdades. "Sexo é escolha, amor é sorte"



FONTE :
Fonte dos dados científicos: Revista Época, 12/01/2009
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Pesquisa : 
 paixão é um sentimento que muitos já sentiram por uma ou mais pessoas. Quando apaixonada a pessoa se transforma, quer sempre estar perto da pessoa desejada e, quando está ao lado dela se sente a pessoa mais feliz do mundo.
Há quem se apaixona por alguém proibido como, por exemplo, uma pessoa casada, isso faz com que o sentimento ao invés de ser algo saudável se torne destrutivo, enfim, são casos e casos.

A paixão é um mistério para os cientistas, na tentativa de explicá-la alguns pesquisadores estão realizando estudos para saber se a paixão tem ligação com a genética. O resultado da análise do mecanismo do cérebro foi de que o ser apaixonado demonstra a mesma euforia experimentada pelos viciados em drogas. A sensação de prazer e recompensa é a mesma em ambos os casos.

Por que nos apaixonamos por determinadas pessoas e não por outras? Quais mecanismos geram esse sentimento? Esses são os principais questionamentos dos pesquisadores.

Os genes do homem são programados para escolher parceiros com fins reprodutivos, sendo o parceiro ideal aquele capaz de contribuir para a geração de descendência mais saudável e mais forte. Portanto, a paixão contraria a biologia evolutiva.

Alguns pesquisadores concluíram que a atração romântica e sexual é despertada pela beleza, mas também por outros fatores de maior complexidade. Os resultados indicam que os cinco sentidos, o sistema hormonal e a predisposição genética também estariam envolvidos na escolha do parceiro ideal.



Pesquisas realizadas na Universidade de Lausanne, na Suíça, revelaram que o cheiro que o corpo exala naturalmente serve como um filtro na escolha do parceiro ideal. Os genes responsáveis por essa interação é chamado de Complexo de Histocompatibilidade (MHC, sigla em inglês), esse grupo de genes está presente em todas as espécies de mamíferos, inclusive no homem. Os responsáveis por essa pesquisa pediram a um grupo de mulheres que sentissem o odor de algumas camisas que foram usadas por um grupo de homens durante duas noites, sem que os mesmos utilizassem perfume ou desodorante, e apontasse qual odor mais lhes agradava. Elas preferiram as camisas com o odor de homens com o conjunto de genes ligado ao sistema imunológico diferente do seu. O MHC também está presente na saliva, por isso, os beijos trocados entre homens e mulheres, podem atuar como um teste de compatibilidade. Segundo as pesquisas, estamos nos movendo para eleger o parceiro ideal, porém o mistério dos mecanismos que envolvem a paixão está longe de ser desvendado, pois requer estudos mais aprofundados.

Há aproximadamente 100 anos, a feniletilamina (um neurotransmissor) foi descoberta pelos cientistas e, recentemente relacionada à paixão. A feniletilamina é uma molécula natural semelhante à anfetamina, para os estudiosos sua produção no cérebro é desencadeada por eventos simples como um abraço. Pois segundo os médicos Donald F. Klein e Michel Lebowitz, do instituto psiquiátrico Estadual de New York, as alterações fisiológicas que uma pessoa apaixonada sente são devido a grandes quantidades da substância no cérebro.



Segundo a antropóloga e pesquisadora norte-americana Helen Fisher, da Universidade Rutger, de Nova Jersey, a escolha do parceiro tem relação com as características de comportamento e a predominância de determinados tipos de hormônios e neurotransmissores no organismo. O sistema endócrino controla a produção dessas substâncias, funcionando de acordo com o perfil genético de cada pessoa. Existindo basicamente quatro tipos de personalidades: indivíduos com predominância de dopamina (exploradores); de serotonina (construtores); de estrógeno (negociadores); e de testosterona (diretores). De acordo com pesquisa realizada por Helen, os negociadores se sentem atraídos pelos diretores, os exploradores e os construtores sentem mais atração por pessoas do mesmo grupo.

FONTE : REVISTA BRASIL ESCOLA
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola



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1 Response
  1. Isabela Mara Says:

    Adorei a matéria, super interessante ;) Parabéns.


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